Auxiliar de enfermagem que cortou dedo de menina admite que trabalhava no Hospital Mandaqui sem dormir
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011A auxiliar de enfermagem que cortou parte do dedo de uma menina de um ano de idade no hospital do Mandaqui, zona norte de São Paulo, admitiu que estava fazendo jornada dupla quando ocorreu o acidente.
Em entrevista exclusiva, ela afirmou que passou a noite anterior ao acidente sem dormir porque estava trabalhando.
– Na verdade, eu trabalhei a noite toda. Aí de manhã eu tomei um banho e fui pegar um plantão, que foi no pronto-socorro.
Apesar disso, ela disse que não estava cansada e que o fato de não dormir não prejudica o trabalho dela.
– Não altera porque dificilmente eu faço um plantão à noite. Eu estava muito bem.
Por lei, os profissionais de enfermagem podem trabalhar até oito horas por dia em uma mesma unidade de saúde. No entanto, por conta dos baixos salários, a maioria tem mais de um emprego. O resultado são jornadas de trabalho que ultrapassam 12 horas num único dia e sem nenhum descanso e o maior risco de acidentes de trabalho.
Auxiliar de enfermagem diz que ficou abalada
Tiffany, de um ano, foi internada com anemia no Hospital Municipal do Mandaqui. Depois de três dias em tratamento, ela recebeu alta. Mas, quando a família se preparava para deixar o hospital, o acidente aconteceu. A auxiliar de enfermagem deveria retirar uma bandagem da mão da menina, só que, ao tentar cortar o esparadrapo, amputou parte do dedo de Tiffany.
Segundo Mônica, mãe de Tiffany, ela avisou a auxiliar de enfermagem.
– Quando ela começou a enfiar a tesoura, o meu marido disse assim: “cuidado com o dedinho dela”. Ela foi e apertou a tesoura, foi quando eu gritei: “olha o dedo da minha filha!”. Então eu empurrei ela. Foi quando eu vi o dedinho da minha filha caindo.
A auxiliar de enfermagem disse que também ficou abalada com o acidente.
– Eu não queria fazer isso. Isso mexeu comigo, entendeu? Porque eu também tenho um filho. Eu não sei qual seria a minha reação se acontecesse isso comigo.
Com Rosiani o caso foi ainda mais grave. A filha dela, Stephanie, de 12 anos, foi internada há dois meses no Hospital Municipal do Jaçanã com mal-estar e vômitos. A menina foi medicada e recebeu soro.
Stephanie parecia se recuperar bem até que a auxiliar de enfermagem Kátia Aragaki injetou acidentalmente vaselina na veia de Stephanie. A menina morreu horas depois.
Fonte: R7
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